o fim da ternura

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que não te deixa enxergar
É pra mim valioso e imutável
Pra você o que eu não penso
É por mim fantasiado todos os dias


Não há sequer um mínimo espaço
O tempo não passou pra isso
E quando eu já não quero mais
Imaginar é o que eu sei fazer


Palavras guardadas 
Beijo roubado
Estrela contada
Num céu taciturno 


Queridas lembranças
Que estão esvaindo
Num vale perdido
Elas se vão


A urgência de antes
Dá o tom do desespero
Se eu era insubstituível
No passado conjugado


Estou à ruptura do equilíbrio
Deste distante sem cor 
Meio sépia, desequilibrante
É só desamor


Não sei esculpir 
Marasmos uivantes
Ulular, gritar
Ninguém pra escutar

1 comentários:

Anônimo disse...

Seus escritos só melhoram.

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