Crise existencial te deixa maluco

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Eu comigo mesma (já no trem depois de ter falado durante todo o trajeto com alguém querido)


- Acho que esse é com ar condicionado
- É tomara que você esteja certa Tamyris
- Eu acho que isso não é normal. Eu ficar assim conversando comigo mesma...
- Claro que é? Qual é o problema?
- É que quando eu peço um conselho a você eu nunca sei se estou certa. É a mesma opinião
- Eu sirvo para colocar em prática o que você tem medo ou receio de fazer 
- Esse é o problema. Andou colocando muito em prática os meus receios 
- Ok. É só me libertar da sua mente que eu meto o pé
- Já tentei e você sabe que eu não consigo
- Porque é óbvio! Como tirar da sua mente você própria. Sua anta! Burra! 
- Amanhã eu vou pegar a médio formato e treinar
- É. Está precisando
- Eu sei

Enquanto isso o trem parava em Deodoro e encheu completamente

- Ainda bem que estou sentada no ar condicionado
- Justamente

Chegando na Central do Brasil 

- 407, o General Osório também serve. Um me deixa na Passagem e o outro no Canecão...
- Ok. Só falta andar aquilo tudo e entrar na última rua antes do metrô
- Não vejo a hora disto terminar, embora eu goste muito
- O trajeto é de matar, eu sei
- Justamente. E a minha companhia não veio até aqui...Então...
- Vamos seguir em frente, oras. Nasceu colada com alguém por acaso? Precisa de companhia pra tudo. Quer que eu vá ao banheiro com você?
- Você já vai sua idiota! Você é a minha bunda, a minha bexiga e a minha consciência...

36 minutos e meio depois passa um ônibus pro Rio Sul

- É neste que eu vou!
- Faz o sinal!

O ônibus para

- Boa tarde
(silêncio)
- Quanta gente e nenhum boa tarde
- Pois é...

Abri o primeiro pacote de Ruffles

- Vou guardar o outro pra volta. To sem dinheiro e o Rio Card só vale nos transportes públicos...Podia valer no táxi...rs
- Rsrs. Boa...

Chegando no Rio Sul (10 minutos a pé até a Assis Bueno)

- Cheguei, mas a porta está fechada. 
- Será que ninguém vem?
- Sei lá. Até podia que a gente metia o pé antes do rush
- É, mas em compensação eu teria que voltar outro dia. Será que hoje não é quarta?
- É quarta sua idiota!

30 minutos depois (uma aluna chega)

- Tá adiantada hein... Mora perto?
- Não. Vim de Realengo
- Onde fica Realengo?
- Do outro lado. O lado pobre do Rio
- Hummm...

Chega o professor com as malditas chaves dos portões...

- Oi
- Oi

De 14h às 17h (final de curso)

- Tchau
- Tchau

Engarrafamento até a Central e o Aterro do Flamengo cheio como um formigueiro

- Ai que droga
- Sei lá
- Sei lá o que?
- A sua consciência está dizendo que se tiver um tsunami as montanhas em Realengo te protegeria...
- Já falei isso hoje mais cedo, mas acho que é possível
- Tem sempre um lado bom onde se vive...Mas ainda não descobri o lado bom de se morar em Botafogo. Realengo está ganhando em disparado entre mim e a minha consciência...

o fim da ternura

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O que não te deixa enxergar
É pra mim valioso e imutável
Pra você o que eu não penso
É por mim fantasiado todos os dias


Não há sequer um mínimo espaço
O tempo não passou pra isso
E quando eu já não quero mais
Imaginar é o que eu sei fazer


Palavras guardadas 
Beijo roubado
Estrela contada
Num céu taciturno 


Queridas lembranças
Que estão esvaindo
Num vale perdido
Elas se vão


A urgência de antes
Dá o tom do desespero
Se eu era insubstituível
No passado conjugado


Estou à ruptura do equilíbrio
Deste distante sem cor 
Meio sépia, desequilibrante
É só desamor


Não sei esculpir 
Marasmos uivantes
Ulular, gritar
Ninguém pra escutar

Explicitações

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

O que mais precisa saber
Se quando quis eu explicitei
Despi-me diante das minhas palavras
O que falta mais?

Causei confusão, frustração
Entre mim e você: uma parede
Que nos deixava a metros de distância 
Foi abaixo depois das minhas palavras

Qualquer outra coisa que me perguntares
Agora eu acharei fácil em demasia
A minha insegurança era mostrar-me
Mas agora que já sabe o que se passa em mim

Diante disso todos os meus outros segredos
Ficaram pequeninos e ingênuos
E por assim dizer, num grande momento
Além de tudo, agora é meu confidente

Meu coração se enche de alegria
Mas não segue pelas dores do passado
Deus existe, muito justo
Me fazer passar por isso e por outro tudo

Se eu pudesse escolher livremente
Sumiria se tivesse grandes poderes
Mas o que me resta são grandes responsabilidades
E outros tantos deveres

Estrela dançarina...

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

 Teclas, teclas e o som das teclas pairam em meus ouvidos e mente dissonante.

   Hoje quero falar pouco e ter muito a dizer. Se não me escuta, então para quê viver?

  De boa, achei que tudo seria normal esta semana. Rotina de sempre, fatos questionáveis, realidades idealizadas e o tal convívio social absoluto e movimentado que por aí dizem que teu tenho. Na verdade, eu tento.


   Dias que passam numa forma de nuvem cinzenta e bela. Porque as pessoas têm mania de achar que só por ser cinza é algo triste? Não, não. Já li Nietzsche e sei que é preciso ter o caos dentro de si para dar luz à uma estrela dançarina. Posso até me empenhar em dizer que ela está nascendo, aos poucos, mas reluzindo em meu bem estar. Não depende de nada e de ninguém para eu ter meus princípios de bem estar. Se fosse quantificar, tenho neste momento a quarta ponta da estrela e por faltar uma somente, quero correr em busca. Ir em frente sem pestanejar como dizem os mais velhos!

   Eu sei, eu sei que muitos de vocês vão achar esse meu texto desorientado e estranho, porém os que me conhecem um tanto quanto saberá que tenho em mim algo a ser realizado. Algo por muito tempo idealizado.

   É como diz a poesia por mim mesma criada: Quem não sonha, não idealiza e nem realiza!

   Vá em frente dos seus planos, eu digo... Corra atrás, eu me conformo.

   Sei lá.

   Neste misto de descontrole hormonal, falta de concentração, idealismos, sonhos e estudos eu tento levar a minha vida do meu jeitinho torto e às vezes grosseiro. É como dizem por aí: - Você às vezes é fria e calculista.

   E é aí que eu me pergunto:

- Nossa! Eu? Eu não sou nem parte disso. Eu sou sentimento, prazer, emoção a cada esquina. Eu sou o sol, a lua, o calor e o frio. Eu sou sentimental ao extremo. De fria mesmo, só a pizza na geladeira que eu ponho no prato. Adoro mergulhá-la no café com leite quentinho que a minha tia faz. Sei lá. Aprendi até que batata-frita no milk shake é gostoso. Porque não tentar de meio torto fazer as coisas que você acha certo então?
  Se alguém te julga sem ver o seu miolo. É porque provavelmente não cismou de olhar mesmo para dentro e ver quais as necessidades que te levaram para fazer determinada coisa. 

  Se queres saber um pouco mais de mim, procure em Legião Urbana, Nirvana, Los Hermanos e Incubus. Me ache em Nietzsche, Shakespeare, Marx e Weber. Me veja em Os garotos perdidos, os Gunnies, The O.C e 24 horas. Eu sou um elevado show da vida. Uma metamorfose ambulante. Uma doida varrida que não sabe no que acreditar. Odeio religiões, avessa totalmente a qualquer dogma. Que se ferrem todos os que manipulados estão.

  A minha estrela dançarina está nascendo e não tente impedir. Porque eu mordo e assopro quando há de convir.

Kombis e consciência de avó

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A gente deveria ter mais consciência do que faz e deixar de criticar apenas por criticar.
   Hoje, estava eu no meu caminhar matinal rumo à universidade quando me deparei com uma cena digna de uma fotografia. Se pelo menos eu estivesse com a minha D-80... Me xinguei quando tinha em minhas mãos somente o meu celular de 3.2 megas que não serviria para muita coisa se eu quisesse ampliar, mas depois eu pensei que poderia pelo menos ter feito a foto para postar aqui no blog.

Fotografia é assim... Quando a gente perde a cena é como se a gente ficasse nu por alguns meses acreditando que perdeu a foto da vida!

    Momentos inconstantes deveriam ser assim... Nada de absurdo e tudo passível de mudanças...rs Como adoro o Seth Cohen nessas horas em que só eu mesma sou capaz de me entender. Mas o leitor não está aqui para tentar compreender meus momentos irônicos. Se é que me entende. Portanto, direi mesmo qual a cena que perdi durante esta manhã.
    Deparei-me com uma Kombi caindo aos pedaços, com os pneus carecas, toda suja, com o estofado todo rasgado e ainda pude constatar o cheiro de chiqueiro que saia de lá. Agora vocês estão se perguntando qual é a novidade nisso no Hell de Janeiro, certo? 
    Quem mora da Zona Oeste sabe muito bem do que estou falando. Aquelas famosas Kombis que não tem sequer o direito de existir nos carregam para lá e para cá nos mais diversos subúrbios onde pretendemos chegar...
    Mas esta Kombi de hoje tinha algo de incomum... Era um veículo que estava fazendo o saneamento básico de uma rua. É! Acreditem nisto que vos falo meus caros!

Imaginem só... É como a minha avó ainda me diz – ressalva para isto porque hoje em dia eu apoio e acredito piamente nos conselhos da minha avó, porque invariavelmente eu tenho provas que ela está correta em tudo o que ela fala – “Diga-me com quem tu andas que te direi que és” ou até mesmo aquela do porquinho: “Quem com porco se mistura farelo come”.

    Então tá bom... Acho que me fiz clara em relação a isto né?! Desta vez não pude ser irônica porque meu sentimento de radicalismo está se fazendo muito presente esta semana. E hoje só aumentou alguns %...
    
    Então a frase de hoje é a seguinte: Acredite sempre nos mais velhos. Eles guardam consigo o segredo do universo e da experiência que nem de longe acho que terei com 80 anos. Se é que eu viverei até lá.

Tão bela


Eu vejo um cara apaixonado por uma moça que faz alguma coisa que o desaponta. Enfim, a gente não escolhe quem ama... 

Ponto de Equilíbrio


Eu gostaria de falar pra você!   
Eu gostaria de falar de amor com você,
Mas acho que não ouviria o que eu tenho a dizer
Eu gostaria de falar de amor com você,
Mas acho que não ouviria o que eu tenho a dizer
Uma mulher tão bela andando assim nas sombras
Uma mulher tão bela vagando só por aí
A mercê das almas malvadas que querem te sugar
A mercê da negatividade que está querendo rondar
Eu gostaria de falar de Jah com você,
Mas acho que não ouviria o que eu tenho a dizer
Eu gostaria de falar de Jah com você,
Mas acho que não ouviria o que eu tenho a dizer
Uma mulher tão bela andando assim nas sombras
Uma mulher tão bela vagando só por aí
A mercê das almas malvadas que querem te sugar
A mercê da negatividade que está querendo rondar
Sai desse redemoinho do falso prazer
Girando de cabeça baixa a tendência é descer (é descer)
Sai desse redemoinho do falso prazer
Se não olhar para frente você vai se perder (é descer, é descer, é descer)
Uma mulher tão Bela (ahhh)
Tão bela (ahhh)
Tão bela (ahhh)
Tão bela (ahhh)





Izabelly

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Escutando Photograph de Nickelback me fez refletir em algumas coisas.

Ando refletindo muito ultimamente.

A primeira reflexão é que eu deveria escutar mais rock nacional, um amigo me diz isso frequentemente. Eu escuto, mas tem bandas que não podemos deixar de levar em consideração.

A segunda é que a tradução de Photograph, se tivesse sido feita ontem para mim, teria servido como uma luva para ilustrar os momentos que passei com a minha família.

Os valores mudaram não é?! Família hoje é meio colocada de lado. Eu tenho algumas famílias.

Ontem minha sobrinha fez um mês de nascida. É fato que todos da minha família de “sangue” se reunem e fazem festa para o novo membro, a Izabelly  - que nasceu em circunstâncias absolutamente desvairadas – Conto já.

Quando eu era criança costumava passar os finais de semana, feriados e festas nas casas que minha família tinha na Região dos Lagos, Maricá. Eram muitas crianças – primos, irmãos, amigos -  Era festa porque a gente se reunia e simplesmente não tinhamos hora para dormir. A casa era enorme, vários quartos e um quintal com muitas árvores. Me encondia com frequência perto do coqueiro...

Gostava muito de lá, mas agora eu percebo o motivo. Acho que era porque todo mundo estava junto, brincando junto. Mas, todo mundo cresce né?! Começa a namorar – principal causa das desculpas para as faltas posteriores – depois vem o trabalho, casamentos, filhos... Não voltei mais para aquela casa que hoje está à venda. Quer comprar?

Não que a minha família tenha perdido o contato, sempre fomos unidos. Mas ontem... Ontem sim eu senti meus 12 anos de volta. A Izabelly conseguiu isto. E se eu contar o que me trouxe de volta o gostinho da infância, alguns rirão de mim: adedonha... Ficamos horas brincando de adedonha: nome de país, estado, homem, mulher, animal. Cara! Como criança faz bem para as pessoas.

Deixa eu contar como a Izabelly foi parar lá em casa:

Minha irmã, Nysla, engravidou e só soube dias antes de dar à luz. Pois é. A barriga dela não cresceu e seu ciclo menstrual continou a vir. Engraçado né? Foi um caso raro, segundo médicos.

Pra mim, a Izabelly caiu do céu. Tenho duas em casa... Minha lindinha de 4 anos – irmã dela – está numa fase mimada, mas continua um doce.

A vida tem disso né?

Segue a tradução de Photograph, Nickelback:

Fotografia
Olhe para esta foto
Toda vez que eu olho, ela me faz rir
Como nossos olhos ficaram tão vermelhos?
E que diabos é aquilo na cabeça do Joey?

Este é o lugar onde eu cresci
Eu acho que o atual proprietário já consertou
Eu nunca soube que nós nunca ficamos sem
É difícil fugir do segundo andar

Este é o lugar onde eu estudei
Na maior parte do tempo eu tinha coisas melhores pra fazer
Fichas criminais dizem que eu invadi propriedade* duas vezes
Eu devo ter feito isso umas seis vezes

Eu me pergunto se é muito tarde
Devo voltar e tentar me formar?
A vida é melhor agora do que era antes
Se eu fosse eles, não me deixaria entrar

Oh oh oh
Oh Deus eu...

Toda lembrança de vigiar a porta de trás
Eu deixava o álbum de fotos espalhado no chão do meu quarto,
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Toda lembrança de sair pela porta da frente
Eu encontrei a foto do amigo que eu estava procurando
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Lembra-se do arcade velho?
Soprou cada dólar que havíamos feito
Os policiais odiavam que saíssemos
Eles disseram que alguém entrou e queimou

A gente costumava escutar o radio
E cantar com cada música que a gente sabia
Dissemos que um dia saberíamos como seria
Cantar pra alguem sem ser o volante

Kim é a primeira garota que eu beijei
Eu estava tão nervoso que quase perdi o momento
Ela teve dois filhos desde então
Eu não tenho a visto desde Deus sabe quando

Oh oh oh
Oh Deus eu...

Toda lembrança de vigiar a porta de trás
Eu deixava o álbum de fotos espalhado no chão do meu quarto
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Toda lembrança de sair pela porta da frente
Eu encontrei a foto do amigo que eu estava procurando
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Eu sinto falta daquela cidade
Eu não posso acreditar
Tão difícil de ficar
Muito difícil de partir

Eu sinto falta daquela cidade
Eu não posso acreditar nisso
Tão difícil de ficar
Muito difícil deixá-lo

Se eu pudesse reviver aqueles dias
Eu sei que a única coisa que nunca mudaria

Toda lembrança de sair pela porta da frente
Eu encontrei a foto do amigo que eu estava procurando
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Toda lembrança de sair pela porta da frente
Eu encontrei a foto do amigo que eu estava procurando
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus

Olhe para esta foto
Toda vez que eu olho, ela me faz rir
Toda vez que eu olho, ela me faz